sábado, 10 de novembro de 2012

Liberalismo e Nacionalismo

O Congresso de Viena
Napoleão Bonaparte comandou a invasão de muitos países europeus. Ele tentou acabar com o antigo regime. Implantou leis baseadas no Código Civil. Desse modo, a Revolução Francesa espalhava seus ideais. No entanto, ele foi vencido por uma união da forças da Inglaterra e por países ainda do Antigo Regime. Os representantes desses países (‘vencedores’) se reuniram no Congresso de Viena, com o objetivo de desfazer o que Napoleão havia feito na Europa.Esses representantes queriam apagar o passado revolucionário. Seria como se o Antigo Regime nunca tivesse sido abalado e Napoleão não tivesse nem nascido. Os antigos reis absolutistas voltaram a governar e leis que favoreciam os aristocratas foram reativadas. A fim de evitar novas revoluções, os governos formaram uma união militar, chamada Santa Aliança. Toda vez que estourasse uma revolução num país da Europa, a Santa Aliança enviaria tropas para  acabar com o movimento.
Eles acreditavam que podiam manter o Antigo Regime para sempre. Mas os acontecimentos mostraram que não era possível. Quanto mais as cidades e as indústrias iam crescendo, mais fortes ficavam a burguesia, os intelectuais e os operários (forças sociais que rejeitavam o Antigo Regime).
O Liberalismo 

Os aristocratas podiam estar satisfeitos com a situação da Europa pós-Congresso de Viena, mas grande parte da população não estava. Burgueses, intelectuais, artesãos... tinham motivos de sobra para se sentirem oprimidos pelo absolutismo. As idéias políticas liberais conquistaram muitos adeptos entre esses grupos sociais. O liberalismo político tinha origem nas idéias dos iluministas. Os liberais defendiam em primeiro lugar as liberdades individuais: a liberdade de discordar do governo, de protestar, etc.
Mas nem todos os liberais eram democratas. Os liberais tradicionais queriam que o voto fosse censitário, ou seja, consideravam que só as pessoas com boa posição social deveriam ter o direito de voto. Já os liberais radicais (democratas) discordavam. Eles defendiam o sufrágio universal, ou seja, o direito de voto para todos.
O Nacionalismo 

A Itália e a Alemanha eram compostas por dezenas de pequenos Estados. O que os alemães e os italianos queriam era a união desses pequenos Estados em um só.
O Liberalismo era o movimento político em favor da liberdade dos indivíduos, e o Nacionalismo era o movimento político em favor da liberdade e da autonomia dos povos, do direito de criarem seus próprios estados.
As revoluções na França
Nos anos de 1820, 1830 e 1848, estouraram diversas rebeliões populares. Logo após o Congresso de Viena (1815), a França foi governada pelo rei Luís XVII. Ele não foi um monarca absolutista. Perseguiu os que simpatizavam com a revolução de 1789 ou com Napoleão Bonaparte.
A partir de 1824, o rei Carlos X assumiu o trono. Ele censurou a imprensa e reprimiu os opositores ao regime.Em 1830, a população se rebelou em Paris e o rei Carlos X teve de renunciar. Assumiu então um novo rei, Luís Filipe de Orléans.
O rei Luís Filipe ficou conhecido como o “rei dos banqueiros” (indica que ele favoreceu os grandes capitalistas). Durante seu reinado, a França teve um período de grandes avanços econômicos e industriais. Mas cresceu a desigualdade social. Os burgueses iam ficando milionários, enquanto os operários permaneciam na penúria. Em 1848, houve uma grande crise econômica. Os salários baixaram e o desemprego cresceu, as colheitas foram ruins e a comida escasseou. A insatisfação popular explodiu numa grande revolução. Operários e artesãos juntaram-se a estudantes e pequenos burgueses, e tomaram as ruas da capital. O rei Luís Filipe foi derrubado. A França voltava a ser uma república.
Os principais partidos políticos de oposição organizaram um governo provisório. Esses “socialistas” defendiam reformas, como o sufrágio universal e a criação de oficinas de artesanato do Estado, que dariam trabalho aos desempregados.
Diante da grave situação econômica, os operários de Paris se rebelaram. Foram duramente reprimidos pela Guarda Nacional, e as ruas da capital ficaram tomadas por cadáveres e poças de sangue. A grande burguesia saiu vencedora.
Nessa época houve eleições para um novo presidente da República. As pessoas queriam a ordem e a tranqüilidade a qualquer preço. Então, Luís Bonaparte foi eleito presidente da França. Ele era sobrinho-neto de Napoleão Bonaparte, e usou o sobrenome ilustre para prometer dias fantásticos para a França. Apoiado pela burguesia e pelos militares, liderou em 1852 um golpe de Estado e tornou-se ditador.
A Primavera dos Povos
O ano de 1848 foi o mais revolucionário do século XIX, em muitas regiões. Por isso recebeu o apelido de o ano da Primavera dos Povos. Em vários outros países europeus eclodiram revoltas populares. Nas principais cidades homens e mulheres ocuparam as ruas, ergueram barricadas (usaram entulhos para bloquear as ruas) e enfrentaram as tropas dos governos autoritários.
Autoria: Daniel A. de Lima

fonte: http://www.coladaweb.com/historia/liberalismo-e-nacionalismo




LIBERALISMO VERSOS NACIONALISMO


Objetivo: esta lição mostrará como as ideologias de liberalismo e nacionalismo surgiram, onde  e como afetaram a sociedade européia. O auge delas foram na Itália e na Alemanha, nos séculos XIX e XX. Estas ideologias afetaram a maneira de pensar da população, que por sua vez afetou a maneira da classe dominante encarar o povo. Pois o povo passa a não só entender o que acontece no governo ,mas também a querer participar de maneira mais plena nestas mudanças.

Liberalismo versus nacionalismo

Após o congresso de Viena  a Santa Aliança, houve um período bem tumultuado na Europa do século XIX. Isto por causa de várias revoluções ou movimentos revolucionários que afetou em muito a sociedade da época. O motivo de tudo isso foi três linhas ideológicas que se espalharam entre as sociedades européias: o liberalismo; o nacionalismo e o socialismo.

As Ideologias

No começo do século XIX, a ação da Santa Aliança sobre os países se tornou mais forte e intensa,  muitas forças sociais de caráter oposicionista começaram a ir a luta, tudo com base nos ideais do liberalismo e do nacionalismo.

De maneira mais prática e direta o liberalismo político se estabeleceu, no final do século XVIII, principalmente na França. Suas convicções eram baseadas na necessidade de um regime constitucional que desse maior segurança a liberdade de pensamento, de imprensa e de maior participação política.

Junto com o liberalismo, espalhava-se também o ideal nacionalista, que no começo tinha uma idéia de que o Estado tinha de ser independente, ou seja, livre de qualquer domínio ou interferência estrangeira.

Com o passar do tempo e dos fatos, a população passou a valorizar e levar a sério os ideais nacionalistas. Como conseqüência este ideal passa a tomar forma de sentimento que marca profundo as populações européias.

Isto fez com que as pessoas começassem a querer lutar pela unificação de seus países, para assim vê-los transformados em nações soberanas.

Claro que nem todos se agradaram dessa nova situação. Afinal a classe dominante viu seu poder ser ameaçado, pois a população passou a acordar para a política de seu país e não sói açodar mas também querer participar. Com isso o temor real  era o risco de perder o controle político sobre aquela camada social, que por tanto tempo se manteve sujeita a elite.

Obviamente o resultado foi as revoltas internas ocorridas com grande intensidade.  Isto gerou em vários Estados como a França, Alemanha e Itália, entre outros, um período de conflitos armados.

A Alemanha

A Alemanha, em meados do século XIX, encontrava-se dividida em vários  reinos que faziam parte da chamada Confederação Germânica.

Nesta Confederação havia dois estados que estavam em permanente disputa política pela conquista da supremacia sobre todos os outros: Prússia e Áustria.

Esta  forte disputa entre estes dois reinos fez com que o processo de unificação alemã fosse praticada dentro de vários e intensos conflitos armados por todo o território da Confederação.

O reino da Prússia tinha nas mãos um grande poder econômico, que obtido através da  industrialização. Na sociedade Prussiana predominava a aristocracia, eles eram de ideais monarquistas e nacionalistas.

Sua estratégia era baseada na força armada. Seu principal representante  foi Otto Von Bismarck.  Esta  conquista pelo poder era tão importante, que Bismarck  usou um  recurso muito sutil: implantou, na Confederação, uma imagem  bem negativa da Áustria, fato este que serviu para alimentar a raiva dos ducados que pertenciam aquele país, isto serviu para iniciar a Guerra Austro  Prussiana ocorrida em 1866. Com a Derrota, a Áustria foi excluída da Confederação Germânica e perdeu seus territórios. Os estados, que haviam ficado independentes, passaram a formar uma outra  organização: a Confederação da Alemanha do Norte.

Mas nem todos os estados fizeram parte dessa Confederação. Somente com a Guerra Franco-Prussiana (França e Prússia) é que os estados restantes aderiram a confederação.

Como a França foi derrotada seus territórios passaram a pertencer a Alemanha, que era governada por Guilherme I (Imperador Germânico), este fato tornou completa a unificação alemã.

O nacionalismo na Itália

No começo do século XIX, a Itália era constituída apenas por 8 estados. Estes estavam sob o controle direto ou indiretamente da Áustria. Em meados do século XX, a mentalidade da população Italiana passa por uma série de mudanças, isto devido as constantes lutas pela emancipação dos Estados.

Economicamente, a Itália do século XIX  tinha sua base  na agricultura e em pequenas manufaturas, o que tornava difícil o investimento de capital nas pequenas industrias. O mercado externo era de dificil acesso, por causa das elevadas taxas alfandegárias, impostas pelos países europeus dominantes. Para este mercado só foi possível o acesso  após a penetração dos Lombardo que entraram com o comércio da seda indiana, japonesa e chinesa.

Aos poucos, os Lombardo passaram a ter dificuldades devido as barreiras impostas pelos austríacos em suas transações comerciais. Isto serviu de base para que houvesse maior  interesse pela unificação, pois com ela certamente viria o progresso técnico, o desenvolvimento e a liberdade econômica. esta situação favorecia os grandes comerciantes, porque isto aumentariam seus lucros com o comercio de exportação.

Algo influenciou a sociedade a aderir aos princípios do nacionalismo, foram os livros e revistas, que propagaram estes ideais na mente da população. Pois antes só a elite tinha acesso aos livros, mas depois com o aumento da popularização dos livros e revistas, a mente do povo passas a sofrer as influências culturais.

Muitas das idéias eram publicadas em livros e revistas, onde grupos de ativistas republicanos mostravam os princípios do nacionalismo. O objetivo era resgatar o passado nacional, coloca-lo em evidência ao maior número de pessoas, para que estas passem a ter mais consciência de sua história.

Após 1848, muitas regiões da Península Itálica passaram por períodos de revoltas. Todas elas tiveram relativo êxito, mas logo eram restabelecidos as dependências em relação a Áustria. Na Sicília, houve uma nova constituição, a luta contra o absolutismo que se propagou pela península.  Veneza e Gênova,  cidades que tinham interesse comercial na unificação italiana foram as que deram o exemplo em revoltas contra o domínio austríaco, isto serviu de  influência em várias regiões inclusive em Piemonte e na Sardenha, pois ligo elas passaram aderir ao movimento de insurreição.

Mazzini aproveitou-se deste momento e proclamou a Republica da Toscana, este evento atingiu  a cidade de Roma, mas lá ele  encontrou a resistência do Papa Pio IX.

A medida que os fatos ocorriam o movimento de insurreição tomava formas novas e diferentes. O radicalismo popular começou a assustar a burguesia italiana, que resolveu “retirar seu apoio aos lideres populares”.

Internamente a Itália começou a conviver com dois grupos diferentes e totalmente opostos em seus objetivos, isto acabou por enfraquecer o movimento. Assim, no ano de 1849,com esses problemas internos foi fácil para a Áustria conseguir retomar suas antigas regiões.

Além de Cavour, outro grande líder da unificação italiana foi Giuseppe Garibaldi. O movimento iniciou-se ao Sul da Itália, com o grupo de Guerrilheiros chamados Camisas Vermelhas.

Somente após a guerra Austro-Prussiana (1866), em que a Áustria é derrotada, que é que Veneza passou a ser incorporada ao território da Itália. No conflito seguinte, entre a França e a Prússia, a cidade de Roma passou para os domínios dos Savóia.

O Papa IX negou-se a reconhecer a autoridade do monarca e não aceitou as propostas de entendimento nem as garantias de independência do poder clerical.

Esse desentendimento ficou conhecido como Questão Romana, que só conseguiu ser resolvida em 1929, através do Tratado de Latrão.

Os problemas da Itália não foram totalmente resolvidos após a unificação. No  norte e no Sul ainda eram  enorme as diferenças em suas relações sociais, econômicas e até mesmo culturais. Uma região passou a ser mais desenvolvida do que a outra.

ATIVIDADES

Marque a alternativa correta:

1) em que países, durante o século XIX, o movimento nacionalista teve sua maior atuação?

a) Cuba  e México
b) Alemanha e China
c) Itália e Cuba
d) Itália e Alemanha

2) qual era a situação política da Alemanha durante o século XIX?

a) ela encontrava-se fragmentada em diversos estados ou reinos que faziam parte da Confederação Germânica.
b) Ela estava totalmente unida em um único reino, que formava a União Germânica.
c) Ela estava com todos os estados unidos, mas a Prússia era o estado de maior destaque.
d) Ela estava dividida entre norte e sul, sendo o norte mais desenvolvido.

3) que recurso Bismarck teve de utilizar para que a Prússia conquistasse o poder:

a) utilizou da diplomacia para conseguir levar a união e supremacia alemã.
b) Implantou uma imagem negativa da Áustria na Confederação, esta atitude irritou os ducados austríacos e culminou na guerra Austro- Prussiana.
c) Usou da tecnologia para fazer a Áustria desistir da Confederação alemã.
d) Utilizou de recursos aristocráticos para levar a Prússia ao poder da Confederação.

4) qual era a situação econômica italiana no XIX?

a) estava em seu apogeu, pois desfrutava o desenvolvimento de suas industrias, isto fazia com que as exportações aumentassem.
b) A economia estava em alta, pois o mercado externo estava em alta.
c) A base da economia era agricultura e pequenas manufaturas,o mercado externo era de difícil acesso, por causa da altas taxas alfandegárias impostas pelos países europeus.
d) O comercio sofreu uma queda com a entrada dos Lombardo, com a comercialização das sedas indiana, japonesa e chinesa.

5) como as idéias nacionalistas se propagaram pela Itália?

a) pelo uso de livros e revistas , onde os ativistas republicanos expunham os ideais do nacionalismo, com o objetivo de resgatar o passado nacional, deixando a população mais consciente.
b) Através da forma armada, por meios de guerras e conquistas territoriais.
c) Pela união da Itália com paises de pensamento voltado para os novos ideais.
d) Pelo interesse dos aristocratas de utilizar o povo nas mudanças no governo.

fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia029.asp


1) d
2) a
3) b
4) c
5) a

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