sábado, 10 de novembro de 2012

O Movimento Operário e os Socialismos


Introdução
  • Atualmente, na maioria dos países, os trabalhadores possuem direitos básicos: limitação da jornada de trabalho, descanso semanal remunerado, férias anuais, assistência medica, aposentadoria, etc.
>> Brasil - Greve Geral de 1917
 
  • Séc. XIX – isso não existia; os direitos trabalhistas foram conquistados ao longo das décadas através de greves, manifestações e confrontos com a policia.
  • Movimento operário – surgiu na Europa no séc. XIX – reivindicações de melhores salários e melhores condições de trabalho;
  • Mas, somente isso não bastava, era necessária a criação de um mundo socialista sem a exploração dos trabalhadores pelos patrões.
Origem do movimento operário
  • Inicio do séc. XIX – operários trabalhavam até 20hs diárias, s/ descanso semanal (às vezes até nos domingos), não tinham férias nem seguro em caso de acidentes ou doenças de trabalho.
  • Terríveis condições de trabalho – a > parte trabalha em fábricas de tecidos (Inglaterra) sob temperaturas de até 50ºC;
  • Chuveiros de água fria eram instalados para que os fios não ressecassem – os operários trabalhavam molhados e ficavam doentes;
  • Muitos acidentes de trabalho: braços ou pernas esmagados/decepados pelas inseguras máquinas da época.
  • Minas de carvão e ferro – situação pior – trabalhavam s/ nenhuma proteção em túneis/galerias sem ventilação; os trabalhadores empurravam carrinhos abarrotados de minérios.
  • Poucas horas em casa – apenas um cômodo dividido em quarto e cozinha; banheiros coletivos fora das casas.
  • Vilas operárias – próximas às fábricas – a fumaça preta das chaminés impregnava paredes, roupas e pessoas.
  • Ainda hoje isso acontece (texto p.24)
O trabalho infantil
  • Séc. XIX – exploração do trabalho infantil – mais submissas que os adultos, recebiam salários bem mais baixos e podiam se movimentar por espaços estreitos (imagem p.25).
>> exploração do trabalho infantil (quanto menor a idade, menor o salário...)
 
  • As crianças ficavam cansadas e sonolentas; não acompanhavam a velocidade das máquinas; a solução era mergulhar a cabeça em água fria para manterem-se acordadas; eram punidas por atrasos ou conversas; algumas eram acorrentadas e presas (foto p.25 – Thomas Savage).
Revolta dos operários
  • Constantemente havia revoltas contra essa situação, individuais ou coletivas; entretanto, não havia outro trabalho a fazer.
  • Inglaterra séc. XV – quem não trabalhava era visto como vagabundo pelas autoridades – era açoitados e tinham a metade da orelha cortada; alguns eram condenados à morte por traição ao Estado.

Destruidores de máquinas
  • 12/4/1811 – Inglaterra, 1ª revolta coletiva – centenas de trabalhadores (homens, mulheres e crianças) destruíram teares, incendiaram instalações das fábricas e ameaçavam, por carta, os donos de fábricas (p.26 Carta do general Ludd). O mesmo aconteceu em vários outros lugares.
  • Esses destruidores de máquinas eram chamados de ludistas, em referencia a Ned Ludd ou King Ludd, seu chefe.
  • Vários deles foram enforcados na década de 1810; o movimento só acabou em 1816.
 
Cartismo
  • 1838-48 os operários ingleses tentam outra forma de reivindicação de direitos – o cartismo – mobilização baseada na Carta do Povo c/ o programa do movimento (p.27 Trecho da Carta do Povo).

  • >> charge representando levante cartista
 Anarquismo e comunismo
  • Nenhum dos movimentos anteriores resolveu o problema dos operários;
  • Surgem novas idéias – os movimentos socialistas que defendiam a melhora das condições de trabalho através da mudança da sociedade como um todo.
  • Anarquismo – acreditava que para melhorar as condições de vida do operário o Estado (governo) e toda forma de poder (autoridades, escolas, policia, etc.) deveriam desaparecer. (vide M.Bakunin p.28)
  • Comunistas – acreditavam que a exploração só teria fim com os operários no controle do Estado. (vide K. Marx; Engels p.28; Brecht p.30)
  • Anarquistas e comunistas lideraram o movimento operário ao longo do séc. XIX.

Atividades
    1. As condições de vida do operariado no séc. XIX (Origem do Mov. Operário p.24). Os operários cumpriam jornadas de até 16 h diárias de trabalho, s/ direito a férias anuais, descanso semanal ou seguro que os sustentasse em caso de doença ou acidente de trabalho. A maior parte trabalhava nas fábricas de tecidos sob temperaturas de 50ºC. Havia muitos acidentes e mortes s/ nenhuma indenização. Moravam em cômodos apertados com banheiros coletivos; fumaças impregnavam as paredes, roupas e pessoas.
    2. Pensamento de anarquistas e comunistas sobre a melhora das condições de trabalho dos operários no séc. XIX. (Anarquismo e Comunismo p.27) Segundo eles, apenas uma transformação radical da sociedade poderia melhorar as condições de trabalho e vida dos operários. Defendiam o fim da propriedade privada dos meios de produção (terras, indústrias...) e da exploração do trabalho assalariado como única forma de solucionar os problemas dos operários.
    3. Direitos dos trabalhadores hoje; por que alguns deles estão ameaçados. 13º salário; férias; licença; aposentadoria; PIS; auxilio desemprego; folga; hora extra; etc...

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